Fotos: erbras75 (flickr.com.photo/sall)
Descrição tumular: Helio Rubiales
Armando Álvares Penteado (Santa Cruz das Palmeiras, 31 de outubro de 1884 — São Paulo, 27 de janeiro de 1947) foi um grande cafeicultor e empresário brasileiro. Deu parte de sua fortuna para a formação da fundação que leva o seu nome.
Morreu aos 63 anos de idade
BIOGRAFIA
Conde por outorga papal, Antônio Álvares Penteado era um empreendedor inquieto, vanguardista para o século XIX. Um dos primeiros fazendeiros a substituir a mão-de-obra escrava por colonos europeus, Penteado também foi o primeiro a adotar máquinas agrícolas em sua propriedade e, ao perceber as mudanças econômicas na cena mundial, a montar uma indústria têxtil.
Além de bem sucedidos no campo econômico, os Álvares Penteado também eram investidores no âmbito cultural. Construído pelo Conde, o Teatro Santana, na rua Boa Vista, tornouse referência obrigatória da música e das artes cênicas no período anterior à construção do Teatro Municipal. Penteado também ergueu um teatro na sua fábrica, onde levava espetáculos para seus operários. Baseado na premissa de que a hora do ensino profissionalizante era chegada, criou a Escola de Comércio Álvares Penteado, até hoje no Largo São Francisco.
GOSTO PELA ARTE
Armando Álvares Penteado conjugava ao espírito empreendedor um inequívoco gosto e vocação para as artes. Pintava, desenhava, esculpia, pesquisava fonografia e dedicava-se à arquitetura, cursada em São Paulo na Escola Politécnica. Com a morte do Conde em 1912, Armando trata de consolidar o patrimônio imobiliário e divide-se entre São Paulo e Paris, onde levada uma vida de contato com artistas, estúdios, exposições, livrarias. Enquanto isso, Silvio, seu irmão geria os negócios da família.
DOAÇÕES
Os Álvares Penteado moravam, no início do século XX, na mais bela casa de Higienópolis, a legendária Vila Penteado. Um dos últimos remanescentes do estilo art nouveau, tão caro à elite paulista ligada ao café e aos pioneiros da industrialização, a Vila Penteado, foi doada por Armando Álvares Penteado para a Universidade de São Paulo. A partir de então, a Vila passa a abrigar as instalações da FAU - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Sem herdeiros, cresceu nele a idéia de direcionar seus bens para a realização dessa meta. Assim surgiu a idéia de uma fundação, que abrigaria uma "Eschola de Bellas Artes". Nela deveriam ser administrados cursos de Pintura, Escultura, Decoração e Arquitetura. Seu edifício deveria, inclusive, abrigar uma Pinacoteca. Armando faleceu em 1947 e a realidade tratou de complicar mas também de engrandecer os sonhos deste mecebas e amante das artes.
MORTE
Faleceu prematuramente em 1947.
Um comentário:
Magnífico!
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