Foto: Douglas Nascimento, saopauloantiga.com.br
Descrição tumular: Helio Rubiales
Victor Dubugras (Sarthe,França, 1868 - Teresópolis,Rio de Janeiro, 1933) foi um arquiteto francês criado na Argentina e radicado no Brasil. Morreu aos 65 anos de idade.
SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Cresceu em Buenos Aires, onde começou sua carreira profissional. Mudou-se para São Paulo em 1891. Trabalhou no Banco União, sob orientação do arquiteto Ramos de Azevedo, até 1894, quando foi admitido no Departamento de Obras Públicas. Em 1897, abriu escritório próprio. Em 1894 é convidado a ministrar a disciplina de desenho sobre trabalhos gráficos na Escola Politécnica de São Paulo - Poli. Ali o título de "professor de aula" - cargo atribuído aos arquitetos sem diploma de nível superior - comprova a tese de que Dubugras não cursa nem conclui nenhum curso de arquitetura ou engenharia na Argentina. A ausência do diploma, entretanto, não o impede de dar aulas na Poli, onde permanece até 1928, quando se aposenta, nem de participar da fundação da Sociedade dos Arquitetos e do Instituto de Engenharia, em 1916. Na década de 1910, Dubugras acompanha o então prefeito da cidade de São Paulo, Washington Luís (1870-1970), posteriormente governador do Estado (1920-1926) e presidente da república (1926-1930) em viagens pelos arredores de São Paulo para o levantamento da arquitetura do período colonial, engajando-se na campanha neocolonial. A convite de Washington Luís, de quem se torna amigo, concebe dois conjuntos arquitetônicos de grande repercussão na época: a Ladeira da Memória, 1919, e os Pousos e Monumentos da Serra de Paranapiacaba, 1921/1922, dedicados às comemorações do Centenário da Independência do Brasil.
Uma de suas obras residenciais mais marcantes foi o Palacete Uchoa, construído em 1902 na rua Caio Prado, em São Paulo, no qual se instalou, em 1907, o Colégio Des Oiseaux. O prédio foi demolido na década de 1970. Como obra pública, resta ainda o Largo da Memória. Victor Dubugras é considerado um dos precursores da moderna arquitetura na América Latina. Além dessas obras públicas de grande porte, Dubugras desenvolve centenas de projetos particulares, de residências a edifícios comerciais, no centro da cidade de São Paulo e nos novos bairros paulistanos de elite, como Vila Buarque, Higienópolis e Cerqueira César, não se restringindo ao neocolonial, mas experimentando linguagens muito diversas. Em 1927/1928, Dubugras se transfere para o Rio de Janeiro, e dá continuidade a sua obra, concentrando-se na clientela particular. Recebe medalha de ouro na Exposição Geral de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1916 e a medalha de prata no Congresso Pan-Americano de Arquitetos em Buenos Aires, em 1927.
MORTE
Faleceu em Petrópolis e o seu corpo foi transferido para São Paulo.
Fonte: itaucultural.org.br
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales
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