ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de artistas famosos. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades imortais de nossa história.
Este espaço destacará as obras contidas no mais antigo cemitério de São Paulo, o da Consolação, que abriga uma infinidade de esculturas e obras arquitetônicas, que sem sombras de dúvidas, representam um museu a céu aberto, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural, através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, s0frimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério , a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida, mas sim contempladas.



CEMITÉRIO DA CONSOLAÇÃO

FUNDAÇÃO

Foi criado em 15 de agosto de 1858, inicialmente com o nome de Cemitério Municipal. Naquela época, a cidade de São Paulo se resumia no triangulo formado pelas atuais ruas XV de novembro, São Bento e Direita. O resto era só mato, onde dominavam chácaras e plantações. Dos fundos do Palacete do Carmo da Marquesa de Santos, próximo ao Pateo do Colégio, avistava-se a várzea do rio Tamanduatei (Parque D.Pedro I) que serpenteava com as suas águas piscosas muito próximo ao Pateo do Colégio.
Os mortos, era costume na época serem enterrados nas Igrejas e suas proximidades, considerado solo sagrado, o que garantiria que a alma do morto iria para o paraíso. Esse trabalho era de responsabilidade da Santa Casa de Misericórdia, considerado esse um ato de misericórdia final.

Alguns moradores começaram a queixar-se do mau cheiro que começava a surgir em alguns pontos cruciais da cidade, pela falta de espaço para o enterramento dos mortos e aventava-se a hipótese da criação de um local próprio para o enterramento ( cemitério), que ia de confronto direto com a Igreja que era contra. Desde o Século XVIII, médicos ligados a higiene eram contra esse habito, pois afirmavam que isso era muito perigoso à saúde, porem entravam em confronto direto com a Igreja arraigada a crenças e tabus difíceis de serem modificados.

Finalmente, depois de muitos debates, decidiu-se construir o primeiro Cemitério de São Paulo, nos Altos da Consolação, situada depois da várzea do Anhangabaú, perto dos Caminhos das Bandeiras (Ladeira da Memória) e nas margens da antiga Estrada dos Pinheiros. Esse local seria perfeito para o cemitério devido a sua altura, com muitos ventos e bem longe da cidade. Outro fator importante é que a maioria das terras eram de domínio publico e as outrasde chacareiros. O Município se encarregou de adquirir essas terras para realizar a empreitada. A própria MARQUESA DE SANTOS (Maria Domitila de Castro Canto e Mello), além de doar terras, doou uma grande importância em dinheiro para a construção da Capela do cemitério. Foi desse modo, que num terreno de mais de 70 mil metros quadrados, surgiria o primeiro cemitério da Cidade de São Paulo, o da CONSOLAÇÃO.


CEMITÉRIO DOS PROTESTANTES

Em 11.02.1864, foi construído o Cemitério dos Protestantes, para o sepultamento dos acatólicos. Em 12.11.1868, surge o Cemitério da Venerável Ordem Terceira de N.Senhora do Carmo. Fazendo de um modo geral, parte do Cemitério da Consolação.
Poucos lugares despertam tanto sentimentos como o cemitério. Um passeio entre anjos de mármores, esculturas em bronze e cruzes em granito, sentimos no caminho, o envolvimento de um impressionante silêncio, respeito e paz. Paradoxalmente, o Cemitério está encravado bem no Centro da cidade de São Paulo, rodeado por altos edifícios e pelo transito caótico da cidade, fato este que intrigam os visitantes, pois assim que ultrapassam os seus muros, são envolvidos por alamedas arborizadas e o silêncio, onde se esquece da vida, na cidade dos mortos.



12 de set. de 2017

ERMELINO MATARAZZO - Arte Tumular - 281 - Cemitério da Consolação, São Paulo








ARTE TUMULAR
MAUSOLÉU FAMILIA MATARAZZO
O complexo tumular é considerado o maior e mais alto mausoléu da América do Sul. Em estilo pós-renascentista, é uma colossal construção que ocupa dezesseis terrenos, ocupando uma área de 150 m2. Totalmente construída com blocos de granito beije.
Artisticamente o mausoléu foi concebido como uma imensa caixa, coroada por três corpos distintos. Sendo o central, que é a parte mais alta, atingindo cerca de 20 metros de altura, encimado por uma imensa cruz latina e uma escultura em bronze da “Pietà”. Os dois corpos laterais em nível mais baixo, apresentam na parte frontal em bronze a escultura de Santa Inês do lado esquerdo e de São Francisco do lado direito. Na parte posterior também em bronze, apresentam as esculturas de Santa Filomena do lado esquerdo e de S. Constabilis do lado direito. Nos francos da construção aparece a representação grupal da Família Matarazzo.
Na parte frontal ladeados por duas formações que representam colunas, está o portal, tendo como cobertura o brasão da família ladeados por dois anjos sentados. Uma porta de bronze trabalhada com duas folhas dá acesso ao recinto. Acima da porta, destaca-se uma placa com o nome da família gravado. Na parte posterior, uma grande janela em bronze treliçada encimada por duas coroas de louro, que representa a vitória.
Na parte interior há uma capela e as respectivas criptas.
Essa monumentalidade foi construída para homenagear e garantir a Glória Eterna do jovem Ermelino, que morreu numa corrida de automóveis, filho dileto do Conde Francisco Matarazzo.
Todo o estatuário em bronze foi esculpido e fundido na cidade Genova e transportado para o Brasil em 1925.
AUTOR: Luigi Brizzolara (Chiavari,Itália,1868- Gênova,Itália,1937)
LOCAL: Cemitério da Consolação, São Paulo
Quadra 82, Terrenos de 6 a 12
Fotos: commons.wikimedia.org
Descrição tumular: Helio Rubiales




PERSONAGEM
Ermelino Matarazzo (Sorocaba, 1 de março de 1883 — Bruzolo, 25 de janeiro de 1920) foi um empresário brasileiro, primeiro filho brasileiro de Francisco Matarazzo e o escolhido para sucedê-lo. Substituiu o pai no comando das empresas durante a Primeira Guerra Mundial.
Morreu aos 36 anos de idade.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Conforme Ronaldo Costa Couto, Ermelino tinha ampla aceitação familiar para ser o natural sucessor do empresário que fundara o império Matarazzo. Durante o primeiro conflito mundial, enquanto seu pai manteve-se na Itália administrando o abastecimento e controle de alimentos na região de Nápoles, Ermelino liderou comissão criada no Brasil para coletar contribuições ao esforço de guerra italiano. Durante os quatro anos que liderou o grupo Matarazzo no Brasil, o faturamento quase dobrou, aproveitando a conjuntura para manter o contínuo crescimento do grupo e otimizar resultados.

 Para Assis Chateaubriand, era uma grande esperança para a indústria brasileira.

Em 1926 foi inaugurada a Estação Ferroviária Comendador Ermelino Matarazzo em sua homenagem, sendo que ao longo dos anos o local nas proximidades passou a ser conhecido como Ermelino Matarazzo.

 É também homenageado com nome de rua com a grafia "Hermelino Matarazzo", uma das principais ruas da região Além-Linha, em Sorocaba.

MORTE
 Morreu em acidente automobilístico quando em viagem de férias, em Bruzolo, perto de Turim,  Itália, em 25 de janeiro de 1920. Solteiro, não deixou filhos. Com sua morte, Francisco Matarazzo escolheu seu penúltimo filho, Francisco Matarazzo Júnior, para sucedê-lo, o que inicialmente gerou muita resistência na família.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

2 de mai. de 2017

MARIA ZÉLIA STREET - Arte Tumular - 280 - Cemitério da Consolação, São Paulo






Lapide 

ARTE TUMULAR 
Túmulo baixo em granito rustico, composto por três níveis, um central que dá acesso ao túmulo e pide dois laterais. No nível central, na cabeceira tumular, encontra-se a lápide, também em granito rustico com uma cruz cristã na parte central, ladeada por  placas de bronze identificando os sepultados

Local: Cemitério da Consolação, São Paulo
            Quadra 48 - Terreno 38
Fotos: Douglas Nascimento e São aulo antiga.
Descrição tumular: Helio Rubiales






PERSONAGEM
Maria Zélia Street, (São Paulo, março de 1899 - São Paulo, 12 de setembro de 1915), era filha de Jorge Street,  grande industrial de São Paulo, que ao todo teve seis filhos.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
 Maria Zélia Street, é filha do famoso industrial brasileiro Jorge Street.
Ao perder a filha tão jovem , com apenas 16 anos, o empresário decidiu colocar o nome dela na vila como forma de homenagem.; quando a famosa vila operária de seu pai ainda estava sendo construída.
Ao ser inaugurada, em 1917, a vila foi batizada com seu nome como forma de homenagem nascendo então a hoje famosa Vila Maria Zélia. O nome da vila quase desapareceu por completo da história na década de 20.

Mapa da Vila

Em 1924, Jorge Street mergulhado em dívidas vendeu a fábrica e a vila para a família Scarpa que imediatamente mudou o nome do local para Vila Scarpa.

Uma das ruas da Vila

O nome da vila só voltaria ao original em 1929, quando o Grupo Guinle tomou posse do local e decidiu restituir o nome original.

MORTE
Faleceu em decorrência da tuberculose.

Fonte:
http://www.saopauloantiga.com.br/vilamariazelia/
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales

JULES MARTIN - Arte Tumular - 285 - Cemitério da Consolação, São Paulo





Lápide sobre o túmulo

ARTE TUMULAR
Base tumular em granito , dividida em três níveis, um central e dois laterais, todos em linha reta, sem qualquer conotação religiosa.
Aparecendo  somente na porta de entrada  em relevo um Cristo crucificado Sobre o nível central que caracteriza a lápide tumular, destaca-se  uma efigie em relevo do seu busto lateral e acima, uma placa de bronze com o seu nome e datas, destacando  que ele foi o autor do Viaduto do Chá
Na parte frontal uma porta de bronze dá acesso ao tumulo. .
Local: Cemitério da Consolação, São Paulo.
            Quadra 32 - Terreno 12
Fotos>Douglas Nascimento
Descrição tumular: Helio Rubiales




PERSONAGEM
Jules-Victor-André Martin (Montiers, França, 1832 - São Paulo, SP, 1906). Pintor, professor, arquiteto, litógrafo e empresário.
Morreu aos 74 anos de idade.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Em 1844, ingressa na Escola de Belas Artes de Marselha. Em 1852, vai a Paris, e trabalha por três anos no ateliê de George Schlater.

Chega a São Paulo em 1868, a convite do seu irmão, Pierre, sócio do livreiro André Luis Garraux.

Em Sorocaba, trabalha na empresa de algodão do irmão.

Em 1869, muda-se para a capital, expondo algumas pinturas no -Estúdio de Carneiro & Gaspar e nas Casas Garraux.

 Em 1870, abre um curso de desenho e em 1871 monta um das primeiras casas litográficas de São Paulo. Em 1875, sua oficina recebe de d. Pedro II (1825-1891) o título de "imperial litografia".

Em 1877, produz o primeiro Mapa da Província de São Paulo. Apresenta projeto para a construção de um viaduto sobre o Vale do Anhangabaú.

Transfere sua oficina para seu filho, Jules Martin Filho. Em 1880, dedicando-se cada vez mais a trabalhos urbanísticos e arquitetônicos, ganha a concessão para construção do viaduto, o que gera uma série de discussões nos jornais locais. Não consegue construí-lo com recursos próprios, passando a execução à outra empresa.

 Esboça, em 1888, o desenho para a futura estátua de José Bonifácio (moço). Em 1892, pautado em seu projeto original, é inaugurado o Viaduto do Chá.

Em 1890, realiza outra planta da capital do estado de São Paulo e seus arrabaldes. Projeta uma Galeria de Cristal (voltada para o comércio no centro da cidade), concluída em 1900. Nesse ano, organiza a Revista Industrial do Estado de São Paulo para ser enviada à Exposição Universal de Paris.

Em 1905, ao lado de Nereu Rangel Pestana e Henrique Vanorden, edita o álbum São Paulo Antigo, São Paulo Moderno: 1554-1904, que inclui fotografias de Guilherme Gaensly (1843-1928). 

COMENTÁRIO CRÍTICO
Embora possuísse formação artística, Jules Martin não se consolida como pintor, mas como versátil empresário.

Sua trajetória profissional, desde a sua chegada a São Paulo, é marcada por ambiciosos projetos editoriais e urbanísticos. Quanto aos primeiros, Martin destaca-se pela impressão dos primeiros mapas detalhados de São Paulo - em grande formatos ou de bolso - e de cidades vizinhas em expansão econômica, como Santos. Sua oficina é ainda responsável pela produção de inúmeras peças gráficas que circulam no estado, como São Paulo Antigo, São Paulo Moderno, voltadas à promoção do crescimento urbano e econômico vivido pela cidade desde o fim do século XIX.

 Quanto aos projetos urbanísticos, o nome de Martin aparece na idealização de um boulevard que, após sua conclusão na década de 1890, torna-se o primeiro viaduto de São Paulo: o Viaduto do Chá. O projeto original (em estrutura metálica, desmontado em 1938 para dar lugar a um novo viaduto, ainda existente) tem o intuito de facilitar a travessia, à época difícil, do Vale do Anhangabaú, importante local de ligação do comércio, entre o centro velho (Praça da Sé) e o centro novo (Praça da República). Os constantes projetos de sua autoria, mesmo com execução feita por outros, colocam Martin como uma das personalidades mais conhecidas e comentadas em periódicos paulistanos entre os anos 1870 e 1900. Muitas vezes, não por acaso, o Viaduto do Chá é chamado de Viaduto Jules Martin.

MORTE


Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa23765/jules-martin
            http://www.saopauloantiga.com.br/wp-content/uploads/2012/08/julesmartin1.jpg
Fomatação e pesquisa: Helio Rubiales

1 de mai. de 2017

ANTÔNIO GONÇALVES DA SILVA (Batuíra) - 278 - Cemitério da Consolação, São Paulo


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ARTE TUMULAR
Área tumular de formato quadrado, tendo do lado direito uma laje de formato retangular, em mármore, que encerra o túmulo., com uma placa de bronze com o seu nome e datas. A área restante é recoberta com pedras portuguesas, ladeado por quatro colunas em alvenaria e revestida com argamassa, uma de cada lado, sustentando um gradil de bronze que protege o túmulo.

Local: Rua 11 - Terreno 37

Foto: Douglas Nascimento (São Paulo Antiga)
Descrição tumular: Helio Rubiales






PERSONAGEM
Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Batuíra, (Águas Santas, 19 de março de 1839 — São Paulo, 22 de janeiro de 1909), foi uma importante personalidade do espiritismo brasileiro.
Morreu aos 69 anos de idade.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Nascido em Portugal, na freguesia de Águas Santas, hoje integrada no conselho de Maia, emigrou com onze anos de idade para o Brasil desembarcando na Guanabara a 3 de Janeiro de 1850. Viveu até aos quatorze no Rio de Janeiro, então capital do Império.

Durante três anos trabalhou no comércio da Corte. Depois passou para Campinas, São Paulo, onde ficou por algum tempo até que se transferiu definitivamente para a capital paulista, que na ocasião deveria possuir menos de 30 mil habitantes. Durante os primeiros anos, foi distribuidor do Correio Paulistano.
À época, não havia bancas de jornais nos lugares públicos. A entrega se fazia à tarde, de porta em porta, e tão somente aos assinantes. Como entregador de jornais, fez amigos e admiradores. Parece que neste período que aprendeu a arte tipográfica, certamente nas próprias oficinas do Correio Paulistano.

Batuíra dedicou-se depois à fabricação de charutos. Assim, com bastante trabalho e economia, ele fazia crescer suas modestas finanças, o que lhe permitiu esposar a Srta. Brandina Maria de Jesus, de quem teve um filho, Joaquim Gonçalves Bartuíra.

Investiu parte de seu dinheiro na compra de áreas desvalorizadas,  onde hoje é a rua Lavapés, iniciando a construção de pequenas casas para alugar, tornando-se assim um abastado proprietário, cujos haveres traduziam o fruto de muitos anos de trabalho.

Na ocasião em que tudo parecia correr bem, falece, quase repentinamente, o filho único de sua segunda esposa, D. Maria das Dores Coutinho e Silva, uma criança de doze anos.

O casal buscou consolo na Doutrina dos Espíritos. Tão grande foi a paz que o Espiritismo lhes proporcionou, que Batuíra desejava que seus amigos tivessem conhecimento daquela abençoada fonte de esperanças novas.

No ano de 1889, Batuíra passou a ser, na cidade de São Paulo, o agente exclusivo do "Reformador", função de que se encarregou até 1899 ou 1900. No dia 6 de Abril de 1890, restabeleceu o Grupo Espírita Verdade e Luz que havia muito "se achava adormecido".
Amigo de Azevedo Marques, conseguiu com ele a experiência necessária para em 1890 lançar o jornal Verdade e Luz, a primeira publicação dedicada ao espiritismo em São Paulo. Adquiriu então uma pequena tipografia, destinada a divulgação e propagação do Espiritismo, editando a publicação quinzenal chamada "Verdade e Luz", que atingiu no ano de '897, a marca de 15 mil exemplares.

Batuíra era também médium curador, sendo centenas as curas de caráter físico e espiritual que obtinha ministrando água efluviada ou aplicando "passes magnéticos".

Mas destacou-se principalmente pela figura bondosa que era ao acolher escravos fugidos em sua propriedade, o qual só os deixava partir se alforriados pelos seus senhores, e também por sua notável dedicação ao espiritismo.

Ele criou grupos e centros espíritas em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, os quais animava e assistia. Realizou conferências sobre diversos temas doutrinários, em inúmeras cidades de vários estados, ocasião em que também visitava e curava irmãos sofredores. Distribuiu milhares de livros pelo interior do país.

Batuíra, unido a outros confrades ilustres, constituiu na capital paulista, em maio de 1908, a União Espírita do Estado de São Paulo, que federaria todos os centros e grupos existentes no Estado.

No final da vida abriu mão de todos os seus bens para os mais pobres e sua casa abrigou a instituição beneficente “Verdade e Luz”. Posteriormente em sua homenagem a rua onde morava foi batizada de Rua Espírita, que existe até os dias hoje.

MORTE
Batuíra viria a falecer em 22 de janeiro de 1909 e curiosamente está sepultado bem próximo de seu grande amigo em vida, Joaquim Roberto de Azevedo Marques, no Cemitério da Consolação, em São Paulo.

Fonte: pt.wikipedia.org e São Paulo antiga
Formatação : Helio Rubiales

29 de abr. de 2017

LUCAS NOGUEIRA GARCEZ - Arte Tumular - 277 - Cemitério da Consolação, São Paulo





ARTE TUMULAR
Base tumular em granito negro, em linha reta, constituída por 3 níveis, um central e dois laterais de cada lado. Na cabeceira tumular uma construção em linha reta (lápide) com o seu nome em letra de bronze. Na parte frontal uma porta de bronze dá acesso ao túmulo.
Foto: Fábio Silva
Descrição tumular: Helio Rubiales

17.º Governador de São Paulo São Paulo
Período31 de janeiro de 1951
até 31 de janeiro de 1955
vice-governadorErlindo Salzano
Antecessor(a)Adhemar de Barros
Sucessor(a)Jânio Quadros
Vida
Nascimento9 de dezembro de 1913
São Paulo,SP
Morte11 de maio de 1982 (68 anos)
São Paulo,SP
Nacionalidadebrasileiro(a)
Dados pessoais
PartidoPSPArena
Profissãoengenheiro

PERSONAGEM
Lucas Nogueira Garcez (São Paulo, 9 de dezembro de 1913 — São Paulo, 11 de maio de 1982) foi um engenheiro e político brasileiro.  Recebeu o prêmio de Eminente Engenheiro do Ano em 1968. Foi governador do estado de São Paulo entre 1951 e 1955.
Morreu aos 68 anos de idade.

SINOPSE BIBLIOGRÁFICA
Formado em engenharia civil, em 1936, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, onde foi professor. Recebe o título de professor doutor em 1946 e professor emérito em 1964, sendo o sexto doutor a receber essa honraria.

Sua vida profissional começou a ganhar destaque quando assumiu a superintendência da construção da usina hidrelétrica de Avanhandava (1940) e da Fábrica Nacional de Motores (FNM-1943).

Prosseguiu atuando nas áreas de saneamento e de saúde pública até que, em 1949, ocupou o cargo de Secretário de Estado de Viação e Obras Públicas, onde conseguiu a projeção de seu nome a fim de ser eleito governador.

Eleito com o apoio do Governador Adhemar Pereira de Barros, dele se afastou após assumir o cargo de governador.

Nas eleições seguintes, em 1954 não apoiou Adhemar, que pretendia voltar ao Governo de São Paulo, o que facilitou a vitória de Jânio Quadros.

O GOVERNO GARCEZ (1951-1955)
Durante seu mandato criou o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), as Usinas Hidrelétricas do Paranapanema (USELPA), o Conselho Estadual de Higiene e Segurança do Trabalho, o Departamento de Assistência Médico-Hospitalar ao Servidor Público Estadual e o Fundo de Amparo ao Menor.

Foi grande incentivador da construção de usinas hidrelétricas, vindo a inaugurar as usinas de Salto Grande, Limoeiro, Euclides da Cunha e Barra Bonita, bem como os aeroportos de Congonhas e Viracopos e a finalização das obras da Via Anchieta, além de inaugurar a Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, onde proferiu a primeira aula em 18 de abril de 1953.

Seu governo instituiu um plano de desenvolvimento estadual denominado PAGE - Plano de Ação do Governo Estadual.

Em 1951, institui uma comissão mista criando o Parque do Ibirapuera para que esse se tornasse o marco das comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo em 1954. O arquiteto Oscar Niemeyer teve a responsabilidade pelo projeto arquitetônico, construindo, entre outros edifícios, o Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, popularmente conhecido como Oca (Parque do Ibirapuera).

Também em 1954, fundou a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, conhecida como OSESP.

PROFESSOR-PESQUISADOR E POLÍTICO
Após seu governo prosseguiu a carreira de docente e pesquisador na universidade e em institutos de pesquisa, não abandonando, contudo a política, pois em 1970 foi presidente da Aliança Renovadora Nacional (ARENA).

Ainda no período de 1967 a 1975 foi diretor das Centrais Elétricas de São Paulo (CESP) e, posteriormente, entre 1981 e 1982, presidente da Eletropaulo no governo estadual de Paulo Maluf, cargo que ocupou até o seu falecimento.

Foi autor de diversos livros destacando-se Hidrologia e Engenharia Hidráulica e Sanitária, ambos publicados pela Editora Blucher.

Fonte:pt.wikipedia.org
Formatação: Helio Rubiales

9 de dez. de 2015

ALCIDES BERNARDINO DE CAMPOS - Arte Tumular - 276 - Cemitério da Consolação, São Paulo



ARTE TUMULAR
Construção tumular em granito marrom claro em formato retangular. Na cabeceira tumular ergue-se uma base tumular em formato de cruz, tendo na parte central um disco em bronze em relevo com a respectiva efigie. Encimando essa base, uma escultura em mármore de uma figura feminina, trajando uma túnica, com as mãos juntas em oração.

Descrição tumular: Helio Rubiales
Foto: L.S.Macedo
Link da foto: http://www.panoramio.com/photo/67402271

PERSONAGEM
Alcides Bernardino de Campos.

CARVALHO PINTO - Arte Tumular - 275 - Cemitério da Consiolação, São Paulo




ARTE TUMULAR 



Local:Quadra 44, Terreno 136



PERSONAGEM
Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto (São Paulo, 15 de março de 1910 — São Paulo, 21 de julho de 1987) foi um político brasileiro e 19º governador do estado de São Paulo.
Morreu aos 77 anos de idade.

PERSONAGEM
 Filho de Virgílio de Carvalho Pinto e de Virgília Rodrigues Alves Carvalho Pinto, tendo sido casado com Iolanda Amaral de Carvalho Pinto, com quem teve três filhos.

Sobrinho-neto de Rodrigues Alves, presidente da república entre 1902 e 1906, Carvalho Pinto formou-se em direito em 1931 pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Professor de Ciências das Finanças na Faculdade Paulista de Direito e advogado da prefeitura de São Paulo, ao lado dos juristas Cássio Egídio de Queirós Aranha e Oswaldo Aranha Bandeira de Mello.

Entre 1938 e 1945 foi assessor jurídico dos prefeitos Prestes Maia e Abraão Ribeiro. Nesse mesmo período foi professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, lecionando também Ciência das Finanças.

Na década seguinte aproximou-se de Jânio Quadros e exerceu o cargo de Secretário das Finanças do município de São Paulo em 1953 e entre 1955 e 1958 foi Secretário da Fazenda quando Jânio governou o estado de São Paulo.

Sua atuação administrativa o credenciou como candidato ao governo do estado em 1958, sendo eleito com o apoio da coligação formada por PDC, UDN, PTN, PR e PSB, com um total de 1.312.017 votos (51% dos votos válidos), derrotando as candidaturas de Ademar de Barros (PSP) e Auro Soares de Moura Andrade (PST).

GOVERNADOR DE SÃO PAULO
Seu governo, que decorreu de 1959 a 1963, orientou-se pelas diretrizes delineadas no seu PAGE (Plano de Ação do Governo do Estado). Tendo como um de seus principais secretários Plínio de Arruda Sampaio, foi o primeiro governador a estabelecer um planejamento orçamentário dos vários setores da administração pública. Iniciou a construção da Usina Hidrelétrica de Urubupungá, projetou as usinas Mário Lopes Leão, de Promissão, Paraitinga-Paraibuna e Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, de Capivari.

Além disso, realizou obras na Usina Hidrelétrica de Limoeiro, Usina Hidrelétrica de Euclides da Cunha, Usina Hidrelétrica Barra Bonita, Usina Hidroelétrica Armando Avellanal Laydner, Usina Hidrelétrica de Bariri, Usina Hidrelétrica de Caconde (originalmente chamada Graminha) e Usina Hidrelétrica de Chavantes. Criou a Universidade de Campinas, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Faculdade de Medicina de Botucatu, posteriormente incorporada à UNESP.

MINISTRO E SENADOR
Findo o seu mandato de governador, foi ministro da Fazenda durante a fase presidencialista do governo João Goulart, em 1963. Exerceu a função por poucos meses, não resistindo à pressão dos radicais que cercavam o presidente.

Instaurado o Regime Militar ingressou na ARENA e foi eleito senador da República por São Paulo em 1966, sendo derrotado por Orestes Quércia do MDB ao tentar a reeleição em 1974. Após a derrota no pleito, afastou-se definitivamente da vida pública.

Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação:Helio Rubiales

ANTONIO MELLONE - Arte Tumular - 274 - Cemitério da Consolação, São Paulo


ARTE TUMULAR

Construção tumular de formato quadrado , em linha reta, em granito negro polido. Na parte frontal uma porta de bronze dá acesso ao túmulo. Na cabeceira tumular, também em granito negro polido, ergue-se uma parede em linha reta e com beiral, onde se destaca em letras de bronze o nome da família. À esquerda de quem olha para o túmulo, defronte a parede na cabeceira  tumular, destaca-se uma escultura em bronze de Cristo com os braços abertos.
Foto: L.S.Macedo
http://www.panoramio.com/photo/67402538
Descrição tumular: Helio Rubiales

PERSONAGEM
Família Antônio Mellone 

CASTILHO DE ANDRADE - Arte Tumular -273 -Cemitério da Consolação, São Paulo


ARTE TUMULAR
Túmulo em formato quadrado totalmente construído em granito negro polido, composto por uma escadaria central, ladeada por duas bases salientando o formato de pilar. Na cabeceira tumular (final da escada) ergue-se um altar sustentado por dois pilares, elevando-se em várias curvas formando uma capela ou portal estilizado. Na frente desse altar destaca-se uma escultura em mármore branco  de Santa Terezinha.
Encimando nas laterais o conjunto escultórico uma concha que representa do qual o homem ressuscitará no juízo final. 


Foto: L.S.Macedo
http://www.panoramio.com/photo/67402529
Descrição tumular: Helio Rubiales

PERSONAGEM
Família Castilho de Andrade

8 de dez. de 2015

POLVERELLI - DEL FRATE - ROCCO ' Famílias - Arte Tumular - 270 - Cemitério da Consolação, São Paulo


ARTE TUMULAR
Túmulo construído em três níveis, um central em formato retangular e dois laterais, um de cada lado. O central em granito escuro polido, tendo na parte frontal uma porta de bronze que dá acesso ao túmulo e mantém as placas de bronze com os nomes dos membros da família. Na cabeceira tumular, também em em granito escuro polido, uma pequena parede mantendo  os três níveis do túmulo, destaca em letras de bronze o nome das famílias. Atrás dessa parede ergue-se um bloco retangular em granito escuro, porém bruto, que serve como base para uma escultura em bronze de Cristo ajoelhado, em posição de prece, apoiando as mãos e a cabeça sobre outra base de granito bruto


 Foto: L.S.Macedo
Link da foto: http://www.panoramio.com/photo/67402280
Descrição tumular: Helio Rubiales

PERSONAGEM
Famílias Polverelli - Del Frate - Rocco